O Livro da Selva
Sobre o quadrinho:
“Kurtzman foi um deus!” – Terry Gilliam.
Uma das 100 melhores HQs do século XX, segundo o Comics Journal.
Em 1958, Harvey Kurtzman, o criador da revista Mad, procurou a editora Ballantine com uma ideia nova e radical: um livro com quatro histórias contadas em formato ilustrado e sequencial, voltadas para o público adulto. Nas décadas que se seguiram, esse conceito viria a ser definido pelo termo “graphic novel”.
O Livro da Selva, à frente de seu tempo, revelou-se um fracasso comercial inesperado para a Ballantine e um desastre financeiro para Kurtzman. Sua inspiração e seu impacto foram, mesmo assim, tremendos, especialmente para um grupo de jovens quadrinistas alternativos, entre os quais estavam Robert Crumb, Gilbert Shelton e Art Spiegelman. Kurtzman definiu muito do que foram os quadrinhos dali em diante.
A influência de Kurtzman é imensa não apenas nos quadrinhos norte-americanos. O francês René Goscinny, por exemplo, antes de criar o Asterix, escreveu seus primeiros livros em parceria com Kurtzman, de quem foi uma espécie de discípulo. Para o cineasta Terry Gilliam, que foi assistente do editor e quadrinista no início dos anos 1960, “Kurtzman foi um dos padrinhos do Monty Python”. Até porque, além de Gilliam, outro integrante do Monty Python, o inglês John Cleese, também atuou nas fotonovelas que Kurtzman publicava em sua revista Help, no início dos anos 1960, assim como o jovem Woody Allen.
Esta edição de luxo conta com uma introdução de Gilbert Shelton, outra de Art Spiegelman, um ensaio de Denis Kitchen e uma conversa entre os devotos de Kurtzman, Peter Poplaski e R. Crumb.
Sobre o autor:
Harvey Kurtzman (1924-1993) foi um escritor, artista e editor, cujo trabalho teve enorme influência sobre diversas gerações de quadrinistas e sobre a sociedade norte-americana. Kurtzman criou o imenso sucesso que foi a revista Mad em 1952, assim como seu mascote Alfred E. Neuman.
Em 1959, Kurtzman escreveu O Livro da Selva, considerado um dos primeiros romances gráficos na história. Sua última revista, a Help!, apresentou ao grande público artistas como R. Crumb, Gilbert Shelton e Terry Gilliam. Depois disso, Kurtzman criou, com Will Elder, a série “Little Annie Fanny”, que fez grande sucesso na revista Playboy, e também foi, em 1969, um dos primeiros roteiristas e diretores da Vila Sésamo.
O Harvey Awards, um dos principais prêmios na indústria dos gibis norte-americanos, criado em 1988, tem esse nome em sua homenagem.
Frases de Imprensa:
“Uma das mais importantes personalidades que surgiram na América depois da Segunda Guerra Mundial.” – The New York Times
“Quase toda a sátira norte-americana de hoje segue a fórmula inventada por Kurtzman.” – Time
“Talvez seja o cartunista americano mais influente desde Walt Disney.” – R. C. Harvey, Comics Journal.
“Harvey Kurtzman, como Charlie Parker ou Jimi Hendrix ou William S. Burroughs, mudou todo o panorama de sua arte. Como estilista, como ilustrador, como inovador do layout, como narrador, ele tornou inadequado tudo o que veio antes dele – e tudo o que veio depois, transformador. Uma figura gigantesca, icônica, cuja obra continua válida hoje como quando ele a produziu.” – Anthony Bourdain, autor de Cozinha Confidencial
“Kurtzman é o maior humorista dos quadrinhos de todos os tempos.” – Gilbert Shelton, na introdução deste livro
“Kurtzman é indiscutivelmente o Padrinho dos quadrinhos alternativos dos anos sessenta e, por meio deles, sua influência foi seminal para o renascimento dos quadrinhos europeus dos últimos quinze anos.” – Art Spiegelman, na introdução deste livro
“Harvey era um mestre da composição, do tom e do ritmo visual, tanto dentro dos quadrinhos quanto entre os quadrinhos que compõem a página. Ele também foi capaz de transmitir fragmentos de humanidade genuína por meio de uma técnica impressionista que era fluida e flexível.” – Gary Groth
Detalhes da edição:
autor: Harvey Kurtzman
editora: Veneta
páginas: 192
idioma: Português
Tradução: Alexandre Barbosa de Souza
comprimento: 28,00 cm
largura: 17,00 cm
Capa dura